
Quinta-feira, 14 de janeiro de 2016, Stratosphere Tower, Level 107 Lounge – Las Vegas (Nevada)
Drinks e mais drinks, quase sem intervalo. Alguns martinis, ou marcianos, como diria o Sr. Torrance. O uíque gelado que descia amargo, cortando. Mas eu precisava daquilo para ter coragem de fazer o que faria a seguir.
De cima da Stratosphere se vê Las Vegas quase inteira, e bem, eu precisava de uma área para atuar. A Strip era extremamente movimentada, mas ninguém notaria um homem rico em um carro grande atrás de uma das prostitutas de lá, já que era normal e acontecia sempre. Então, eu tinha meu lugar.
Paguei minha conta e me direcionei até o estacionamento e depois até a Strip.
Eu sempre tive uma obsessão por mulheres que se parecessem com minha mãe ou Joana (que eram parecidíssimas por sinal), e eu tinha uma admiração por mulheres com aquelas características físicas, até saber que mulheres no geral, traem e abandonam, e mereciam morrer.
Uma das imundas que fazia ponto ali estava separada das outras. Péssima ideia.
Estacionei o carro em sua frente, e ela se debruçou sobre a janela aberta, fazendo seus seios quase pularem para fora de seu enorme decote.
“Cem pratas a hora, bonitão” Ela disse.
Eu apenas fiz sinal pra que ela entrasse.
Olhei em volta. Ninguém parecia notar, ninguém olhava para lá, e tampouco se importavam com aquela vadia. E sem dizer uma palavra, seguimos até um terreno baldio próximo à casa da falecida Joana, sabia que não havia ronda policial lá, e aquele bando de velhas não ouviriam os gritos daquele animal.
Ela olhou-me e mordeu os lábios. Jogou-se sobre mim, e eu disse que era melhor sairmos do carro, pois eu achava desconfortável. Ela apenas me obedeceu. Foi andando na frente enquanto eu pegava uma faca que estava no console do carro.
A imagem de minha mãe morta, o abandono dela, que se deixou ser morta. Fraca. Era isso que ela era, uma fraca. Aquela prostituta vadia nunca mais abandonaria ninguém.
Escondi a lâmina no cós da calça, e andei até ela, que estava lá, nua, me esperando. Eu lhe disse:
“Não foi para isso que eu te chamei até aqui.”
O medo nos olhos dela, a sensação de domínio que eu tinha sobre ela, me instigou a continuar.
Dei dez rápidas punhaladas no seu ovário e barriga, fazendo-a agonizar por segundos, e então senti minhas pernas tremerem ao ver a sua vida se esvaindo, sentindo o cheiro de sangue. Foi a melhor sensação que tive. Não havia remorso, havia prazer e sentido de dever cumprido. Deixei seu corpo lá mesmo, como lixo, que é o que ela era.
Não vejo a hora de matar novamente.
