Sábado, 14 de novembro de 1987, Distrito de polícia de Las Vegas (Nevada)
Acordei no departamento de polícia no dia seguinte. Lá do fim do corredor, o delegado estava vindo em minha direção. Sentou-se ao meu lado e começou a contar o que havia acontecido. Não era pegadinha de sexta-feira 13. Minha mãe havia morrido com várias e brutas facadas no peito. Meu pai estava desaparecido e era o principal suspeito.
Minha casa estava interditada para as investigação. Eu não tinha com quem ficar, meus parentes moravam todos no Brasil. Joana então se ofereceu para cuidar de mim, era de classe média, viúva e não podia ter filhos.
O delegado explicou-me que eu tinha toda a herança de meus pais, porque era filho único. Mas que não podia administrá-la por ser menor de idade.
Eu gostava muito de Joana, e aceitei morar com ela. Melhor do que uma casa de adoção, ou ir para o Brasil com aqueles parentes que eu nem conheço direito, e muito menos falo a língua deles.
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